domingo, 1 de junho de 2008

Criação


Estava em casa naquela ociosidade tão boa, e comecei a me fazer um monte de perguntas, como se estivesse no banco de um analista. Resolvi escrever, achei que tinha a ver com este espaço.

Então, compartilhem comigo. As minhas idéias para o meu teatro sempre me vêm como uma experiência de alegria, mesmo que os meus personagens sejam tristes. Ela aparece repentinamente, nos momentos mais inesperados, como uma visão de uma imagem. O que tento fazer é simplesmente pintar com alguns sentimentos a cena que se configurou na minha imaginação.

Sou ator, meu trabalho se baseia na escuta. Cada animal, pessoa, natureza, objeto que “trombo” eu escuto e registro, depois vou de encontro com esse material e aí, sim, ele ganha alma.
Fico pensando que o trabalho do ator não é o de alguém que vê coisas que ninguém vê. O que ele faz é simplesmente iluminar com os seus olhos aquilo que todo mundo vê e não dá conta. E espera do espectador que compartilhou daquela visão com ele que saia dali com a abertura de mais um caminho.

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